segunda-feira, outubro 27, 2003

LUSITANIDADES



Nós, The Project, orgulhamo-nos de ir muito além de qualquer site de ou sobre música. Vamos onde o All Music Guide nunca sonhou ir, chegamos onde nunca, em tempo algum, qualquer site mantido por uma qualquer megalómana label almejou chegar.
Abro, hoje, um espaço/rubrica à divulgação do que nos é de mais intrínseco, de mais lusitano. As nossas muito peculiares sonoridades.

Como apelo, choque, “pego” na musicalidade lusa pelo que de mais underground se faz no que concerne ao permanente panegírico do emigrante: Graciano Saga.
Saga, cançoneteiro do emigrante, proxeneta de colares, camisa feirante aberta em V com vértice no umbigo. Dotado de uma voz prodigiosa, desde cedo deu cartas como autor e intérprete.
Emigrante ele mesmo, seria já em território luso que faria da homenagem aos estóicos portugueses de além fronteira o seu modo de vida. E o maior testemunho disso mesmo são os 6 (sim, seis) títulos em banda magnética que fazem as delícias de qualquer roulotte de feira secundária. Passo a enumerar: “Mulher Feiticeira”, “O Emigrante”, “Perdoa-me Mãe”, “Não Maltrates A Mim”, “Distante A Sonhar”, “Mamã Saudade”, sendo este último uma referencia, ícone, do que se faz neste rectângulo à beira-mar.

Todas estas pérolas da lusitanidade são trespassadas por vivos sentimentos de dor, angustia, sofrimento do emigrante. Desde as “bidonville” até à total integração e reconhecimento, o emigrante tem em Saga um apoio, um ombro, alguém que o compreende.
Bendito sejas, Graciano Saga. DS

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