sábado, fevereiro 28, 2004

NÃO VAI MAIS VINHO PARA ESSA MESA

Bem... Isto hoje à hora do almoço foi cá uma pândega na sala de edição de caracteres da NTV...





Das.

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

DICA DA SEMANA

Nesta dissertação vou usar como exemplo a edição nº 104 – ano II (atente-se que ao atingir o 2º ano esta publicação afirma-se como um projecto vencedor, transmitindo uma consequente segurança ao consumidor).

Comecemos pela primeira página. Nesta situação, a DICA DA SEMANA respeita constantemente o mesmo esquema gráfico: Pequeno apontamento relativo ao showbiz na parte superior direita da página, foto de fraca qualidade do(a) entrevistado(a) à esquerda e uma engenhosa publicidade a ocupar a metade inferior – esta semana: forno eléctrico Bifinett por €33 – demonstrando as desavergonhadas mas engenhosas intenções de publicidade gratuita.

Folheando o exemplar encontramos, depois das inúmeras publicidades dirigidas a domésticas hipocondríacas, a usual entrevista. Esta semana, Lili Caneças verborreia sobre assuntos tão pertinentes como a sua carreira falhada na TAP ou a sua desagradável estadia em Los Angeles.
Mas é no final da entrevista que a verdadeira natureza provocativa do entrevistador surge ao perguntar Lili sobre o tópico quente do momento: «O que é que acha do peeling de Cinha Jardim?» questiona o destemido interpelador justificando uma imediata transferência para a Nova Gente.

Nas páginas seguintes é notória a tentativa de um acolhimento ao jornalismo sério, com um apontamento sobre o primeiro livro de Vasco Resende. De modo a criar alguma credibilidade jornalística, o texto é acompanhado por uma foto de Mário Crespo. Este ensaio apenas sai frustrado devido à secção de Classificados no topo da página, onde entre outros produtos de primeira necessidade se oferecem Paus de Cabinda, vibradores, filmes (não especificados) ou serviços de massangens tailandesas.

Na ultima pagina encontramos semanalmente de forma infalível um concurso. O prémio: uma viagem. Sempre. Esta semana: um invejável fim-se-semana nos célebres Apartamentos Turísticos Gida. O apetitoso prémio pode ser conquistado através do envio de uma mensagem por SMS. O poético texto deve incluir as palavras “Dica”, “Apartamentos Turísticos Gida” e um produto Lidl.

Para ter uma ideia da complexidade do concurso, este foi o vencedor da semana anterior:

O Vila Garé Praia que me espere
Pois as malas vou fazer
A Tábua de Engomar “Airone” fica em casa
Pois vou com a Dica para o lazer!


Amanhã é dia de InterECONÓMICO. Das

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

VOL. XXVIII - ALL BLOODY IN THE LUMINOL

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capa: Super 8 na Praceta Santo Lenho (Daniel Marques)

quarta-feira, fevereiro 25, 2004

HENRIQUE PÓS-TRAUMÁTICO

Os ultimos dias não têm sido faceis, nem para mim, nem para o Henrique. Entre cancelamentos de última hora ao concerto dos X-Wife no TSB, deprimentes Galas da TVI, aproximação de regresso às aulas na melancólica Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e quiches de alho francês à 1 da manhã, a minha mente estava prestes a ceder.

Tudo somado ajudou à decisão de ir dar uma voltinha com o Henrique pela mui bela freguesia de Moreira da Maia.
Entramos no bosque em frente aos meus aposentos; Encontramos um caniche, imediatamente baptizado de "Killer Dog with Big Pointy Teeth" pela sua assustadora semelhança com o seu homónimo coelho de «Monty Python and the Holy Grail»; Perseguimos galinhas; Demos de cara com outro cavalo (um pouco maior). Uma cerca impediu a aproximação; Encontramos um bando de pombos. A gravidade impediu a aproximação.

Já no lusco-fusco (são 5-7 minutos muito intensos) visitamos uma amendoeira em flor. O puto do rés-do-chão jurava que era uma ameixoeira em flor. O Henrique trepou a amendoeira. Kodak Moment. Das



O Henrique gosta de amendoeiras em flor

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

INFOMAIL FURORE

Esta semana tem sido um lufa-lufa na minha caixa de correio. Como se não bastasse ontem ter recebido o ultimo número do InterECONÓMICO, hoje deparei-me com um novo exemplar da Dica da Semana em cima da mesa da sala ao acordar.
Por momentos pensei que era mais uma partida da minha imaginação matinal. Lili Caneças na capa da Dica da Semana?! Mas estava errado. Depois de limpar a remelice dos olhos, sentei-me alegremente na poltrona e decidi dar uma vista de olhos pela publicação enquanto sorvia o Mokambo habitual.



Sendo assim, é com indescritivel regojizo, e sucessiva cara de parvo, que comunico a minha decisão em dedicar os proximos posts a dissertações sobre os jornais gratuitos distribuidos por supermercados: esse flagelo que assola o concelho maiato desde 2001, apenas ultrapassado pela cada vez mais crescente comunidade de grunhos. Das

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Ó ALEGRIA! Ó LIBERDADE!

Finalmente hoje começou um novo concurso no serão da RTP 1. Obviamente que este acontecimento implica que finalmente Jorge Gabriel vai voltar a ver a sua família, mas não sem antes ter feito uma figura ridícula no novo concurso "Um Contra Todos" ao tentar ganhar alguns milhares de euros para pagar o resgate da sua filha à RTP. Das

sábado, fevereiro 14, 2004

AS NECESSIDADES DE HENRIQUE

A foto desta semana do Henrique é um pouco humilhante para o dono. À primeira vista, é plausível entender que apanhei o Henrique em flagrante a “enviar uma mensagem” para o seu amigo Tobias. Afinal seria natural que o Henrique sentisse saudades pelos seus amigos da Newscenter do Jumbo da Maia (o Tobias, o Guilherme, o Bernardo, o Sebastião e os outros 27 amiguinhos) que ainda estão em exposição/exploração na tabacaria maiata.



Apenas encarei os factos quando alguns amigos me abriram os olhos com frases tão gráficas como:

«olha lá… parece mesmo que o teu telemóvel está a ser violado»,
«tens uns peluches malucos… A MANDAR MENSAGENS A MANDAR MENSAGENS… POIS!... Está mas é entretido ali no sitio onde se mete o carregador!»

ou
«Porque é que o teu porta-chaves está a enrabar o Siemens?» (esta ultima frase é clara e obviamente proferida pelo Babas…).

As cartas estavam na mesa. Basta olha para a expressão “eu… eu posso explicar!” do Henrique. Porém continuo incrédulo. Sim, o Henrique é um cavalo. Mas não é um “cavalo”... E sempre pensei que ele preferisse consolar-se na entrada do auricular. Das

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

POLÉMICA NO SEMPRE SURPREENDENTE MUNDO DOS AVENTAIS

Hoje a Xobineski Patruska questionou as manobras publicitárias da Sharp ao expor um avental de 1991 que incluía um bolso no qual se consegue ler claramente “ao serviço da MULHER moderna!”.
Em resposta ao polémico post, apresento a teoria defensiva do Pirilamper Das:

1991 coincidiu com o ano em que a mulher portuguesa começou a "pensar".
Tal flagelo acontece devido ao advento de revistas como a "Guia", "Cosmopolitan" (versão portuguesa, meses depois rebaptizada como "Cosmo" devido a divergências com a casa-mãe) ou "Mulher Moderna", esta ultima acaba por impulsionar sobremaneira o movimento.

Numa inteligente manobra de marketing, a Sharp, na altura líder no mercado masculino tenta uma entrada no sector feminino através de aventais para, e passo a citar, "mulheres modernas".
Esta infeliz manobra acabou por ditar a decadência da Sharp, simbolizada pela perda do patrocínio da camisola do Manchester United para a Vodafone em 2001.

Nos finais dos anos 90, impulsionado por revistas tendenciosamente homofóbicas como a "Gentleman" ou a "Men's Health", aparece na comunidade urbana portuguesa o "Homem Moderno" munido da sua panela de pressão forrada a ouro de 24 quilates e livro de receitas de Manuel Luís Goucha de 1983 (um best-seller aquando da sua reedição em capa dura em 1999 pela Assírio & Alvim).

Nos finais de 2002 surge uma mutação avançada do "Homem Moderno", denominado pelos sociólogos do campus de Cambridge por "Fada do Lar". Sobre esta temática, possuo fotos comprovativas, validadas pelo avental negro da Coca-Cola colecção Outono-Inverno 2003-2004.



A foto evidencia claramente uma outra característica deste moderno exemplar de auxílio do Homem Moderno. O avental não possui um bolso. Porquê? Porque um Homem Moderno não precisa. Excluindo a hipótese de guardar colorau ou coentro em pó, que utilidade se dá a um bolso no avental? Das

terça-feira, fevereiro 10, 2004

GRAMMYS...

Como é de conhecimento público, neste Domingo foram entregues os Grammy referentes ao ano 2003. Como tal, gostava de dedicar umas palavras sobre a importância dos Grammy:









Pronto. Já está.
Das

domingo, fevereiro 08, 2004

LINKIN PARKINSON

Até esta sexta-feira pensava que era uma das poucas pessoas que achava os Linkin Park uma boys-band disfarçada de putos industriais com estilo. Pelo menos o José de Pina, do Inimigo Público, partilha da minha opinião.

O texto do José é elucidativo para todos os distraídos que pensam que os Linkin Park são uma banda rock, mas falha em não levar adiante uma ideia que ficou pendente no final do seu comentário: O José insinua que os Linkin Park são uma banda pré-fabricada pelos invisíveis homens-de-fato das gananciosas editoras discográficas ao bom estilo das Spice Girls. Mas enquanto as britânicas eram compostas por uma morena, uma loira, uma ruiva, uma negra e uma feia, os pirralhos californianos são formados por dois asiáticos e três caucasianos.
Portanto, chega-se à conclusão que os Linkin Park não são uma banda pré-fabricada, mas sim apenas um grupo de 6 putos que pensam que sabem fazer musica. O que na conjuntura musical actual é suficiente para vender milhões de discos.

Mas é bem provável que no futuro próximo algum iluminado pegue na ideia de criar (mais) uma energúmena banda de pós-grunge composta por um albino vocalista, um marroquino na guitarra, um cigano no baixo, um DJ paquistanês e um esquimó na bateria. Das


quinta-feira, fevereiro 05, 2004

A DAY AT THE LOCAL TALHO

Enquanto estava hoje na fila do Talho Popular à espera das minhas 600 gramas de hamburger, não pude deixar de ouvir a conversa de duas alegres donas-de-casa. Estava uma preocupada pela, e passo a citar, «falta de notícias de modos a ver com os Prilampes Mágicos». Ao que a sua homóloga responde «Ah! Isso cá pra mim eles estão é sem ideias! O meu filho está em época de exames e também se queixa que o cérebro dele está a deitar fumo!». Ao que aparece uma reformada do nada e debita «Não não não não não não não!! Eu cá pra mim digo que aquele prilémpére muito prazenteiro, o Luís Pato, está c’as mãos ocupadas no seu estágio de Segunda a Quinta-Feira, e atounces não tem tempo p’réstas coisas!».

Que imaginação têm estas domésticas. Pirilampers com esgotamento pós-exame?! O Luís Pato em estágio?! Claro que cantarolar diariamente a theme song do “Olá, Portugal!” só podia resultar em alucinações colectivas.
Na verdade, não há notícias relacionadas com a iminente invasão pirilampal de 7 meses. Das

Entretanto temos mais um apoio moral:


segunda-feira, fevereiro 02, 2004

HENRIQUE, TOMO 2

A vida do Henrique não é fácil. Algumas pessoas mais distraídas com quem me cruzo na rua pensam que o Henrique usa um enorme brinco parecido com um porta-chaves. Compreendo-as. Sempre que saio de casa penteio o Henrique (tento dar-lhe o “1991 John Cale"), mas as fortes correntes de ar na entrada do Jumbo da Maia acabam por despenteá-lo e de novo aparece a mohawk. E assim as pessoas pensam que o Henrique é um cavalo todo maluco com um brinco todo maluco. As mais atentas. Porque já encontrei algumas bestas que não conseguem discernir um cavalo de um burro, e vai daí jorram um “Ai que burro tão giro!”.


O Henrique é um porta-chaves todo maluco


Mas não. Não é um brinco. É um porta-chaves. E é uma cruz. Eu sei que o potro sofre ao carregar o porta-chaves. Basta ver o tamanho da chave do meu apartamento. Por isso, quando chego a casa, em solidariedade com o jovem equídeo, solto-o do porta-chaves.
Porém, por vezes acontecem estranhos eventos, como o de ontem quando encontrei o Henrique a aperfeiçoar o «Bolero de Ravel» em Dó Menor em flauta no meu sofá. Já escondi a guitarra, caso ele se lembre de tocar o «La Cucaracha» às 5 da manhã. Das


O Henrique sabe tocar flauta