quarta-feira, fevereiro 11, 2004

POLÉMICA NO SEMPRE SURPREENDENTE MUNDO DOS AVENTAIS

Hoje a Xobineski Patruska questionou as manobras publicitárias da Sharp ao expor um avental de 1991 que incluía um bolso no qual se consegue ler claramente “ao serviço da MULHER moderna!”.
Em resposta ao polémico post, apresento a teoria defensiva do Pirilamper Das:

1991 coincidiu com o ano em que a mulher portuguesa começou a "pensar".
Tal flagelo acontece devido ao advento de revistas como a "Guia", "Cosmopolitan" (versão portuguesa, meses depois rebaptizada como "Cosmo" devido a divergências com a casa-mãe) ou "Mulher Moderna", esta ultima acaba por impulsionar sobremaneira o movimento.

Numa inteligente manobra de marketing, a Sharp, na altura líder no mercado masculino tenta uma entrada no sector feminino através de aventais para, e passo a citar, "mulheres modernas".
Esta infeliz manobra acabou por ditar a decadência da Sharp, simbolizada pela perda do patrocínio da camisola do Manchester United para a Vodafone em 2001.

Nos finais dos anos 90, impulsionado por revistas tendenciosamente homofóbicas como a "Gentleman" ou a "Men's Health", aparece na comunidade urbana portuguesa o "Homem Moderno" munido da sua panela de pressão forrada a ouro de 24 quilates e livro de receitas de Manuel Luís Goucha de 1983 (um best-seller aquando da sua reedição em capa dura em 1999 pela Assírio & Alvim).

Nos finais de 2002 surge uma mutação avançada do "Homem Moderno", denominado pelos sociólogos do campus de Cambridge por "Fada do Lar". Sobre esta temática, possuo fotos comprovativas, validadas pelo avental negro da Coca-Cola colecção Outono-Inverno 2003-2004.



A foto evidencia claramente uma outra característica deste moderno exemplar de auxílio do Homem Moderno. O avental não possui um bolso. Porquê? Porque um Homem Moderno não precisa. Excluindo a hipótese de guardar colorau ou coentro em pó, que utilidade se dá a um bolso no avental? Das

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