CARTA DE ÓDIO A PATR�CIO PEREIRA
POR MIM PRÓPRIO
(nem poeta, nem de Orpheu, nem futurista, nem nada)
Execrável PatrÃcio,
É com grande sentimento de repulsa que te escrevo estas linhas hoje. Felizmente há muito que não te escrevia. Torna-se hodiernamente necessário, vendo eu no que te tornaste.
Ainda me lembro daquele rapaz franzino, com a camisa branca aberta em V até ao umbigo, com o colete castanho igualmente inconcluso, a embandeirar a laranja na juventude. Ah PatrÃcio!, a primavera dos ideais! O pensamento sá-carneirista! Quando, apesar da nossa marcada diferença ideológica, eu te respeitava. Quando eras simplesmente e pequeno P.P. de Portugal e todos viam em ti um brilhante futuro, uma promissora carreira. Como estavam embusteados! Todos eles!
Tremo ao ver o que fizeste de ti, coirão.
Tremi quando te esqueceste da cor da tua bandeira de sempre e subiste aos ombros do primeiro tacho que encontraste e o agarraste com tanta força que marcaste as unhas. Ainda hoje não o largas, para náusea geral. Presides a esse pseudo-ouro-sobre-azul neo-fascizante apenas porque te era difÃcil subires ao cume da laranjeira! Ah!, que ódio! A troca do ideal pelo negócio polÃtico, não é de humano digno. Tu, que "endireitaste" as tuas ideias, cabrão.
E pioraste tudo! Agora "defendes" o que é português! Tu! A quem fomos nós entregar o nosso território...! Escondes-te debaixo de ideais que nunca foram teus porque te dão notoriedade e dinheiro. E andas abraços com a justiça e camuflas-te pelo teu cargo de deputado, puta que te pariu!, que te pago o ordenado, ordinarão! Assume-te!
Ah!, como eu odeio esse teu paneleirismo sorridente abençoado pelas vergonhas da santa madre igreja! Dás mau aspecto à homossexualidade, que é coisa normal, sua aberração! Defendes ideais contrários aos que praticas! Era só quem te fodêsse essa cara, cobarde!, (Mas só a cara para não gostares!) e ainda fosse condecorado!
Ah!, como eu odeio esse teu penteado semi-pista-de-aterragem, com a poupa a cobrir a careca! Até a careca encobres!, mas hão-de ta descobrir! E hás-de pagar por tudo, canastrão!
Ah!, como eu odeio saber que tu odeias os mercados, as peixarias e as floristas! E o que tu não fazes por um voto, pulha! Que os banhas a todos com a saliva da raiva dos teus ósculos e infectas toda a gente com a tua infame presença!
Ah!, como eu odeio esse teu cinismo latente, que mente com quantos dentes tem e não tem vergonha!
Ah!, como eu odeio essa tua demagogia populista, retrógrada e alienante!
Ah!, como eu te odeio PatrÃcio Pereira! Como eu odeio tudo o que és! Como eu odeio tudo o que representas! Como eu odeio o conservadorismo-bacoco-cheirante-a-mofo-quinhentista-e-medieval! Como eu odeio o teu populismo ainda mais popular que os Republicanos! Como eu odeio a ignorância intelectual da tua ideologia! Como eu odeio tudo o que não seja a igualdade e a fraternidade! Odeio-te PatrÃcio Pereira!
Com aversão,
Eu Próprio. DS
quinta-feira, junho 26, 2003
Publicada por Anónimo às 17:18
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