segunda-feira, março 22, 2004

OS AMIGOS DO HENRIQUE

A criação no mês passado do “Clube de Fãs do Henrique”, cujo Presidente Honorário é Jorge Mourinha, - curiosamente, o critico cinematográfico de eleição do pequeno potro. Mas apenas cinematográfico. Uma vez, enquanto o Henrique lia o Blitz, lembro-me de ouvir um «Foda-se! Mas o Mourinha dá um 7/10 ao novo álbum da Britney Spears?!», ao que eu prontamente respondi «Calma, Henrique! Na minha casa não falas assim, caralho!» - faz me acreditar numa crescente popularidade do meu porta-chaves.
Apesar desta manifestação popular de apreço, o Henrique é muito tímido. De tal modo que por vezes essa timidez é confundida por antipatia.

Um dos poucos amigos do Henrique é o Paulo, o Panda do Aleixo.

Paulo - nascido Paulus Gudmundsigurssön nos subúrbios a sudoeste de Reykjavik entre 1976 e 1979, fruto de uma selvática noite de paixão entre um panda de negócios japonês imigrado e uma atraente proprietária de um restaurante temático circense – era um adolescente fustigado pelo frio que se fazia sentir no inicio dos anos 90 na Islândia.
Esta insólita situação, adicionada pela audição das insuportáveis divagações vocais de Björk, obrigou Paulo a tomar o exemplo do seu pai ao imigrar para Portugal, onde, apesar dum handicap vocal (Paulo troca os “r” por “l” e é belfo), se tornou um respeitável drug dealer no Bairro do Aleixo. Foi também na cidade invicta que este Panda descobriu o Amor na forma de um manequim na montra da Zara do Norteshopping.

Na semana passada o Henrique encontrou-se com o Paulo no movimentado bairro portuense para um descontraído piquenique:



Outra personagem com quem o Henrique se cruza diariamente é o Rodolfo. Nascido Rudolph von Schtreittanhausen-Düsseldorf na boémia Munique dos anos 60, este urso verticalmente desafiado é um ex-piloto da Luftwaffe pela qual combateu na célebre batalha aérea de Mecklenburg-Vorpommern de 1983, pilotando um Jagdgeschwader 71.
O seu penteado ariano não esconde os seus ideais “Le Penianos”. Actualmente tem um negócio de exportação de Vinho do Porto e um pequeno campo de cultivo de morangos nas traseiras de um condomínio em Moreira da Maia. Das



sábado, março 20, 2004

Só para não poderem dizer que já cá não escrovo há 2 meses!

segunda-feira, março 15, 2004

PIRILAMPERS NO MUNDO DOS PIRILAMPOS

Como é de conhecimento geral, os maléficos Pirilampos Mágicos não são deste mundo. Eles vivem num universo paralelo onde o caos reina, Rosa Lobato Faria ainda compõe as letras para 70% dos candidatos ao Prémio RTP Festival da Canção e Badaró é A referência cómico-trágica. Um mundo horrendo, portanto.

Tal como em «Tron», o underrated e seminal filme de Steven Lisberger de 1982, tambem nós, os Pirilampers, conseguimo-nos transportar para a realidade paralela pirilampástica, esta curiosamente semelhante à paisagem da série «South Park».

Connosco trouxemos o famigerado ex-Pirilamper Lilás, que, visivelmente, não ficou contente com o sucedido. Já que interrompemos a sua Carbonara Al Parmezzano Di Toscana.



O The Pirilampo Mágico Project agradece ao Bruno Espadana pelas facilidades na obtenção da fotografia. Das

quarta-feira, março 10, 2004

SUPPORT YOUR LOCAL MERCEARIA

Depois das detalhadas exposições das duas publicações líderes no campo do infomail, depois de sairmos à rua para saber a sua importância no quotidiano de quem se preocupa com a temática, depois de extensas discussões pela madrugada fora após (por vezes) 3 cafés seguidos, chega o momento de fazer o saldo.

Para tal, tive o cuidado de me refugiar no meu apartamento durante 2 dias, muni-me de dois exemplares da Dica da Semana e do InterECONÓMICO e de uma calculadora gráfica e, utilizando complicadas equações polinomiais, consegui elaborar a seguinte tabela:



Como é possível observar pela tabela, utilizando todo o potencial da joint-venture com o Lidl, a Dica da Semana estende o seu catálogo a 8 paginas, eclipsando as apenas 4 da concorrência; também a sua larga experiência de mercado permite dar-se ao luxo de apresentar a programação televisiva semanal dos 4 canais nacionais (o essencial de uma verdadeira doméstica), anedotas para o jabardo esposo e entretenimento saudável para a pequenada (vide Cantinho do Espadinha). Divertimento garantido para toda a família, que é ainda presenteada com uma deliciosa receita semanal.

No entanto, qualquer observador alternativo poderá defender a rebeldia do InterECONÓMICO, justificando-se nas arriscadas 2 páginas de classificados totalmente grátis, ao invés da concorrência. Também a suavidade do papel e sucessiva qualidade gráfica é um melhoramento em relação ao folheto de origem germânica, e até mesmo a contratação de ultima hora de Paulo Cardoso finge uma efémera vantagem, apenas corrompida pela insistência na utilização do inenarrável tipo de letra Comic Sans.


Posto isto, onde deveremos fazer as compras?
No Supermercado Anazário da Urbanização das Guardeiras.

Apesar da ligeira vantagem da Dica da Semana, o Lidl mais próximo dos meus aposentos estaciona-se em Nogueira da Maia (onde?) e não me atrevo a cruzar com os veteranos drogados da estação de Pedras Rubras só para comprar pão de alho congelado do Intermarché. Das

sexta-feira, março 05, 2004

INQUÉRITO DE RUA

Esta semana perguntamos:

"Qual a importância que publicações como a Dica da Semana ou o InterECONÓMICO têm na sua vivência diária?"

SR. CERQUEIRA
59 anos
Agente Imobiliário e Administrador do Condomínio do nº 47 da Alameda Gonçalo Mendes da Maia

«São vitais. O "Cantinho do Espadinha" da Dica da Semana é o L' Casei Imunitass que me faz aguentar o dia enquanto espero desesperado por potenciais clientes no meu pré-fabricado na Zona Industrial da Maia.»

XOBINESKI PATRUSKA
17 anos
Guru Alterna-Pop

«A Dica da Semana e o Inter Económico têm papéis fulcrais no meu dia-a-dia. Equiparo estes jornais a outros semanários de renome como o Expresso ou o Independente. Tanto dão para uma boa tarde de anedotas em família como fazem um bom lume.»


LILLY LABERDAGEOUSE
38 anos
Programador de C++ na Secção de Controlo de Qualidade de uma Multinacional de Hardware / Drag Queen

«Foi nos classificados do InterECONÓMICO que encontrei a minha verdadeira vocação artística. Obrigado Professor Mokambu. Também costumo usar as 8 paginas do catalogo Lidl como enchumaços para o soutien.»

ZECA
3 anos (humanos)
Cruzamento de Husky Siberiano com Rafeiro Mirandês

«Peculiares folhetins como a inclausurável Dica da Semana ou o mui insurgente InterECONÓMICO cachoeiramente restituíram uma - durante largo período ausente - moral jornalística, à nossa desanimada sociedade contemporânea. Considero esta recente metódica alteração como um importante e necessário (passo o pleonasmo) aperfeiçoamento na nossa frágil vicissitude refém de indivíduos nulamente idiossincrásicos.»

Das

quarta-feira, março 03, 2004

InterECONÓMICO


Contrariamente à sua veterana concorrente, o InterECONÓMICO é uma jovem publicação quinzenal ainda no nº 9. Espero sinceramente que ainda o seja, pois sendo quinzenal, já deveria ter recebido o nº 10 há cerca de 3 dias e meio. E a espera está me a deixar próximo da loucura.
Entretanto já recebi mais duas Dicas da Semana (na capa: Joanna e Eusébio, respectivamente). Será que a aposta numa tiragem de 715000 exemplares foi exagerada? O Intermarché desistiu da distribuição da zona a nordeste dos drogados da estação de Pedras Rubras? Ou será que o carteiro anda me a roubar o InterECONÓMICO?

Seja como for, esta publicação é uma lufada de ar fresco na área do Infomail. É um jornal sério, como se demonstra pela ausência de publicidade na primeira página e pelas sempre essenciais dicas para deixar de morder as unhas e modos de obter uma maquilhagem perfeita de lábios e face.
Esta metódica aparência é apenas manchada pelo insistente uso no tipo de letra Comic Sans – acto punível em morte por enforcamento em alguns países da Indochina.

Os mais distraídos podem confundir o InterECONÓMICO por um satírico pasquim devido às recorrentes falsas reportagens (neste exemplar podemos encontrar um texto sobre uma suposta “campanha de solidariedade do grupo ‘Os Mosqueteiros’” apadrinhada por Isabel Figueira e Francisco Mendes) ou a secção de televisão, onde se fala da visita de Gal Costa a Portugal, dos múltiplos recordes de venda de Tony Carreira e dos prémios arrecadados por Justin Timberlake. Tudo televisão.

Os escribas Intermarchenses também não se esquecem da pequenada! Nas ultimas páginas podemos encontrar o “Cantinho do Espadinha” (aqui dedico um especial louvor aos senhores do marketing pela frustrada tentativa de criar um ícone para os pequenitos, qual Sonic, SuperMario ou Mocho Toon).

Na ultima pagina não há concursos. Apenas desavergonhadas propagandas a “acontecimentos” como o ilustrado abaixo. Das